Vinis Defenestrados
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
RED HOT CHILI PEPPERS

Red Hot Chili Peppers é uma banda americana formada em Los Angeles, Califórnia em 1983. Apesar de assistirem a várias mudanças e a problemas pessoais de seus integrantes, a banda conseguiu com sucesso juntar elementos do punk rock, funk, rock psicodélico, e um pouco da batida do hip-hop (sempre cortesia de seus excelentes bateristas). Atualmente, detêm o recorde de mais hits número 1 de rock moderno (11, no total), e mais semanas no topo dessa lista (81). Eram garotos de Hollywood que descobriram um som diferente através da mistura de vários estilos. Em retrospecto, eles estavam fora do contexto do que havia na época. Os Chili Peppers causaram polêmica desde o início, com suas famosas apresentações "Socks on Cocks" e musicas com títulos como “I Want To Party On Your Pussy”. Além da polemica, o grupo sobreviveu também à morte de um de seus integrantes (Hillel Slovak), e ao testemunho do quase declínio total de outro (o atual guitarrista John Frusciante).

O nascimento da banda

Apesar de a banda só ter gravado pela primeira vez em 1983, os primeiros membros do Red Hot Chili Peppers já se encontravam para tocar desde 1979, nos intervalos entre aulas da Fairfax High School, em Los Angeles. Os garotos de 15 anos, Michael Balzary (apelidado de Flea pelos amigos), Hillel Slovak e Jack Irons eram três amigos que tinham ambições musicais formando uma banda chamada Anthym. Um dos poucos fãs dessa banda era Anthony Kiedis, também amigo de infância dos três membros da banda.

No verão de 1981 Flea sai do “Anthym” e vai para o “Fear” uma banda punk também de Los Angeles. Slovak e Irons permanecem no “Anthym”, agora conhecida como “What is This?”, com Kiedis assumindo os vocais.

Até quem em abril de 1983 nasce o Red Hot Chili Peppers, ou quase isso, já que o grupo se chama "Tony Flow and the Miraculousy Majestic Masters of Mayhem", a partir de uma idéia súbita de Kiedis, e com ele Flea, Slovak, e Irons se apresentam em um clube de Los Angeles. O que a princípio era só uma brincadeira acabou dando certo, e os garotos da Califórnia passaram a apresentar-se em shows, agora batizados pelo nome que seriam mundialmente conhecidos: Red Hot Chili Peppers. Nem o fato de eles possuírem apenas duas músicas ("Out in LA" e "Get up and Jump") impediu que o sucesso se espalhasse dentro de sua cidade.

Três meses depois eles receberam uma oferta da Run DMC num mini festival. No mesmo tempo que Slovak e Irons ainda tocavam no “What is This?”, e Flea no “Fear”. No entanto, algo fazia com que o RHCP tivesse algo a mais. Mark Richardson, um descobridor de talentos, procurou a banda e no verão de 1983, os Peppers já tinham uma programação completa. Eles fizeram shows por toda a cidade e no “Kit-Kat Club”, onde os garçons andavam quase sem roupa, eles apareceram totalmente pelados, apenas vestindo meias em seus pênis (Socks On Cocks).

O primeiro álbum

Ainda em 1983, a banda assina o seu primeiro contrato com uma gravadora (a EMI) com apenas 6 meses de existência, o que gerou problema, pois o grupo não pôde contar com Slovak e Irons na hora de gravar o álbum já que ambos ainda tinham compromissos com o “What Is This?”, que já tinham contrato com outra gravadora. E Slovak e Irons acreditavam mais na sua banda, por que ainda achavam que o RHCP era só um hobby. Para contornarem a situação, Kiedis e Flea contrataram o guitarrista Jack Sherman e o baterista Cliff Martinez para a gravação e turnê do primeiro álbum.

Também preocupada com o sucesso da banda, a EMI sugeriu Andy Gill como produtor do álbum, sendo aceito por Kiedis e Flea. Todavia, surgiu um conflito musical entre eles, pois Gill não dava liberdade para a banda criar melodias próprias além de querer fazer com que suas músicas se encaixassem no padrão musical da época.

O primeiro álbum foi chamado de The Red Hot Chili Peppers e foi uma grande decepção para a banda. O disco saiu em 1984 e não teve grandes atenções.

Após serem apresentados pela MTV, a banda lança clipe de “True Men Don’t Kill Coyotes” que faz um sucesso rápido e logo é esquecido, porém os Peppers continuam a estender a lista de shows e começam a tocar em outros estados dos EUA. Durante estas viagens o consumo de drogas é intensificado, e o contato pessoal diário começou a criar atritos entre Sherman e Kiedis, que não o suportava porque acreditava que ele era politicamente correto demais para a banda e não tinha a mesma habilidade de Slovak. No começo de 1985, Kiedis e Flea expulsam Sherman da banda, que é substituído por Slovak. Kiedis e Slovak (cujo a maior obsessão era ser tão bom quanto Jimi Hendrix) começam a usar heroína com mais freqüência.


Os novos álbuns e o (quase) fim da banda

Em 1985, os Peppers, que estavam completamente perdidos e sem produtor, batem na porta de George Clinton pedindo para que ele produzisse o novo álbum, e então obrigam a gravadora a aceitá-lo como o novo produtor da banda. Clinton fica impressionado com o conhecimento musical deles.

Com um produtor com os mesmos gostos musicais da banda, os Chili Peppers vão para a fazenda de Clinton em Detroit e gravam o segundo álbum da banda, o “Freaky Styley”, que recebe várias críticas positivas.

Após o relativo fracasso do álbum anterior, a banda é recebida calorosamente tanto pela crítica especializada quanto pelo público. É também durante a turnê do “Freaky Styley”, que no início de 1986, eles fazem seu primeiro show em território europeu. Após Martinez deixar a banda, Jack Irons volta para o RHCP, e novamente os Chili Peppers voltam a ter a mesma química que possuíam antes de assinarem contrato com a EMI.

Foi também em 1986 que um grande problema entrou na banda: as drogas. Kiedis tinha perdido qualquer noção da realidade e se entregara às drogas totalmente. Ele andava em becos e chegou ao ponto mais baixo de sua vida ao passar a consumir drogas embaixo

de uma ponte, porém a heroína não fazia o mesmo efeito de antes. Nesta época eles fizeram a pior turnê da história da banda e Kiedis foi convidado a se retirar por um tempo pelo seu vício, e Flea o aconselha a se tratar. Kiedis aceita a idéia do amigo e tem a ajuda de seu pai durante sua recuperação. Durante sua passagem ele escreve “Fight Like A Brave” que acabaria sendo a primeira música do terceiro álbum. Depois de receber alta na clínica, Kiedis retorna ao RHCP.

Ainda em 1986, começam as preparações para o terceiro álbum. A banda ainda não tinha nenhuma música pronta e Rick Rubin (atual produtor da banda) se recusa a produzi-los. Então a tarefa ficou por conta de Michael Beinhorn e, em 1987, o terceiro álbum fica acima de suas expectativas e “The Uplift Mofo Party Plan” fica no 143º lugar nas paradas, uma pequena vitória.

Em 1988, ao passo que a banda vinha crescendo a cada trabalho e no caminho certo do sucesso, Slovak consumia drogas cada vez mais. Em maio, a banda vai para Inglaterra e numa manhã eles tiram a roupa e com apenas as famosas meias, fazem uma paródia da foto dos Beatles na Abbey Road. Em junho, os Peppers estão de volta à Los Angeles, onde Michael Beinhorn está esperando por eles para começar o novo álbum. Kiedis começa a usar drogas novamente. E no meio de uma noite o telefone de Flea toca, ele pensara que estavam ligando para dizer que Kiedis havia morrido devido ao abuso das drogas, porém a vitima era outra. E em 27 de junho, Slovak é encontrado mor

to por overdose de heroína aos 26 anos de idade. Kiedis então vai para um pequeno vilarejo no México, para tentar se livrar das drogas. Irons sai da banda e Flea faz varias participações em projetos paralelos. Todos diziam ser o fim da banda.


O Renascimento do RHCP

Kiedis volta para casa e Flea torna-se pai, ocasião em que decidem reconstruir a banda em memória de seu grande amigo Slovak. Durante este tempo houve uma intensa busca por novos guitarrista e baterista (Irons recusou o convite para voltar a banda). Depois de tanto procurarem, Flea e Kiedis encontram um jovem guitarrista de 18 anos chamado John Frusciante, que era um grande fã da banda e tinha como ídolos Jimi Hendrix e Slovak. Já para a Bateria foi contratado Chad Smith, que veio de Detroit e tinha 28 anos na época.

Em fevereiro de 1989, os Peppers com sua nova formação, começam novamente. O quarto álbum de estúdio da banda chamado “Mother's Milk” foi lançado em agosto de 1989, a partir de um trabalho longo e doloroso, principalmente porque Frusciante e Michael Beinhorn, o produtor, não se davam nada bem.

O primeiro single do álbum ("Knock me Down)" foi lançado em memória de Slovak. Finalmente os Peppers fizeram um álbum que fez um completo sucesso nas paradas e vende 2 milhões de cópias em todo o mundo. A banda começou a considerar a idéia de lançar um próximo álbum duplo, porém não achavam que a EMI estivesse fazendo um bom trabalho de divulgação. Conseguiram se livrar do contrato com a gravadora e, 1991, assinaram contrato com a Warner.


A Consagração Mundial

Com o novo contrato, também mudava o produtor, e se antes havia recusado o cargo, dessa vez Rick Rubin aceitou a oferta da banda. As gravações do novo álbum aconteceram numa mansão em Laurel Canyon. Durante 8 semanas Rubin usou sua estratégia para gravação: os músicos tocaram frente a frente, no mesmo quarto, usando menos tecnologia possível.

O genial Blood Sugar Sex Magik foi lançado no final de 1991. Só nesse álbum, vários hits (tais quais como “Give It Away”, “Under The Bridge” e “Suck My Kiss”) atingiram o topo das paradas no mundo inteiro, tornando o disco um sucesso mundial.
Devido a turnê enorme e muito cansativa, Frusciante não suporta a pressão e constantes viagens e resolve deixar a banda. Com a correria interna, pois tiveram que arrumar rapidamente um substituto para John. A vaga foi ocupada por Arik Marshall. A banda estava esgotada e não agüentava mais o ritmo dos shows. Kiedis simpatizara com Marshall, mas não tinha a mesma criatividade de Frusciante. Logo depois da saída de Marshall, Jesse Tobias entrou em seu lugar, mas não permaneceu por muito tempo.


A Banda Sem Frusciante

Em 1993, Flea foi diagnosticado com fadiga crônica e teve que descansar durante 12 meses. Dave Navarro (ex-guitarrista do Jane's Addiction) foi solicitado para entrar na banda como substituto definitivo de Frusciante, oferta que Navarro aceitou.

Após o festival de Woodstock, eles começam a trabalhar no novo álbum e chamam novamente Rick Rubin para produzi-lo. O nome do novo álbum passou por muitas alterações até chegar ao nome definitivo. “One Hot Minute”, foi lançado em setembro de 1995. O “One Hot Minute” obtém boa repercussão, mais fraca se comparada à do trabalho anterior. Após a turnê mundial, o Red Hot Chili Peppers retorna para casa e agora planeja o novo álbum.
Enquanto issoJohn Frusciante se afundava nas drogas, chegando a beirar a morte. Em abril de 1998, Navarro anuncia sua saída do RHCP. Navarro diz que mesmo não estando com os Peppers eles serão amigos eternamente.
Após Navarro deixar a banda, Kiedis visita Frusciante no hospital.



A Volta De Frusciante e
a “
Californificação”


A banda precisava de uma decisão sobre o seu futuro, mas faltava um guitarrista. O primeiro nome a ser cogitado para novo guitarrista era Tom Morello, que na época estava trabalhando na trilha sonora do filme “Small Soldiers” com o Flea. Mas, para Flea e Chad Smith, só havia um guitarrista que poderia tocar no Red Hot. Assim, Frusciante volta para a banda, depois de seis anos.
Em 1999, o grupo volta a gravar, lançando, em setembro, Californication que foi um grande sucesso, apesar de soar um pouco pop. Rick Rubin decidiu quais faixas ele cortaria. Ele escolheu músicas que dariam ao álbum uma nova direção. Esse CD era pra mostrar a nova fase da banda. Uma fase sóbrea e madura. Por isso o elemento funk teve que ser reduzido à poucas faixas como “Around the World”, “Right on Time”, e “Get on Top”.

A Crítica Dos Fãs

Dessa vez todos os integrantes se diziam livres de vez das drogas. E assim, o RHCP deu continuidade ao álbum “Californication” com o novo álbum chamado “By The Way”, lançado em 2002. O novo álbum recebeu críticas dos fãs, pois possuía pouco a mistura funk-rock que muito caracterizava a banda, muito provavelmente por ter sido o primeiro álbum em anos que a banda fez sem usar nenhum tipo de droga. A faixa que seria mais bem aceitas entre os fãs antigos da banda foram as músicas "Can't Stop" e “On Mercury”. “The Zephyr Song” também se tornou um grande sucesso, tanto entre os fãs antigos quanto aos ouvintes de rádios.


Agradando Aos Fãs, Antigos Ou Novos

Apesar de ter sido planejado durante a turnêdo álbum “Mother’s Milk”, o álbum duplo da banda só veio em 2006 com o lançamento de “Stadium Arcadium”, onde os singles “Dani Califórnia”, “Tell Me Baby” e “Snow (Hey Oh)” emplacam. Se o álbum de estúdio anterior (entre “By The Way” e “Stadium Arcadium” veio “The Greatest Hits”) havia recebido várias críticas dos fãs mais antigos, o álbum duplo foi uma tentativa extremamente bem sucedida de agradá-los, ao mesmo tempo sem afastar os fãs mais novos. Ao mesmo tempo em que possuía as baladas românticas e mais paradas, o estilo funk-rock volta triunfantemente em várias musicas como “Hump de Bump”, “Readymade”, “Make You Feel Better”, “21 st Century”, “Animal Bar”, e “Turn It Again”.

Daniel Miguel


Discografia

The Red Hot Chili Peppers (1984):

Disco de estréia da banda “The Red Hot Chili Peppers” é bom. Porém, mesmo com o funk-rock dabanda em grande estilo, fica evidente, mesmo que Jack Sherman e Cliff Martinez sejam ótimos instrumentistas, a desincronia entre os dois e a maluquice de Anthony Kiedis e Flea é grande. Mas isso não nos impede de ouvirmos ótimas musicas. O single da época, “True Men Don't Kill Coyotes”, abra o disco com estilo. “Buckle Down” nos mostra que foi somente a falta de química entre Sherman e o estilo de Kiedis e Flea impediu que Sherman ficasse com a banda, e que se não fosse a falta dela, ele não deveria nada a Slovak e Frusciante. Quando ouvimos os primeiros segundos de “Why Don't You Love Me” lembramos imediatamente da também ótima “Last Child” do Aerosmith. E “Grand Pappy Du Plenty” é prova viva que mesmo que Flea tenha evoluído bastante com o tempo, ele sempre foi um excelente contra-baixista. E apesar de curta, “Police Helicopter” é a melhor faixa do álbum.

Nota: 7


Freaky Styley (1985)



Um ano depois das poucas vendas do primeiro álbum, “Freaky Styley” prova de o que faltava no disco de estréia do Red Hot Chili Peppers era
realmente a química entre os integrantes. Com seus amigos de colégio Hillel Slovak e Jack Irons, Kiedis e Flea nos apresentam a um RHCP mais maluco, e totalmente cravado no funk-rock. “Jungleman”, a primeira faixa do álbum é vibrante. “If You Want Me To Stay” é puro Chili Peppers. “Freaky Styley” nos apresenta uma enorme evolução de Flea em comparação ao primeiro álbum. No deparamos com um excelente baterista sobra a figura de Jack Irons em “Blackeyed Blonde”. Em “The Brothers Cup” percebemos como o som dos instrumentos e o vocal de Kiedis se fundem de perfeita forma, como não acontecia em The Red Hot Chili Peppers, e “Yertle The Turtle” é doidera para nenhum viciado botar defeito.

Nota: 8


The Uplift Mofo Party
Plan (1987)

Bastante influenciada pela passagem de Kiedis por uma clínica de reabilitação, o terceiro álbum da banda (e último com Slovak e Irons) mostra que RHCP aprende (e melhora) a cada álbum. Destaques para as experiências de Kiedis durante sua primeira reabilitação em “Fight Like A Brave” ( Cerrem os punhos e lutem / Não até sua morte / E não até seu túmulo / Eu estou falando daquela liberdade / Lute como um bravo), para “Me And My Friends” que é tocada até hoje no shows da banda (inclusive no show feito em 2002 no RJ), para o baixo estrondeante de Flea em “Backwoods”, “Behind The Sun”e “Subterranean Homesick Blues” e para as ótimas “I Want To Party In Your Pussy” e “Organic Anti-Beat Box Band”.

Nota: 8


Mother’s Milk (1989)

Alem de terem sido a salvação do Red Hot, John Frusciante e Chad Smith trouxeram um novo fôlego a banda, o que é bastante notável no álbum de estréia deles na banda (vide“Magic Johnson”). O disco abre com “Good Times Boys” e logo notamos que os integrantes iniciantes da banda possuem total sincronia com Kiedis e Flea. Depois vem “Higher Ground”, cover da musica do gênio do blues Stevie Wonder, que não faz feio a excelente versão original. “Nobody Weird Like Me” é pura genialidade de Flea no contra-baixo. Temos na, talvez, melhor faixa do álbum “Knock Me Down” uma homenagem a Hillel Slovak (Não sinta medo para mostrar aos seus amigos / Que você se machucou por dentro / Parte da dor da vida, não esconda atrás do seu falso orgulho). Destaque também para o cover de Jimi Hendrix em “Fire” e a ótima “Pretty Little Ditty”.

Nota: 9


Blood Sugar Sex Magik (1991)

Considerado um álbum clássico (já ganhou inclusive um episódio do programa “Álbuns clássicos” do History Channel) e o melhor da
banda, foi com esse disco que os Chili Peppers enc
ontraram a consagração mundial de sua banda, nada muito surpreendente já que Blood Sugar Sex Magik é um disco perfeito. Não possuí ao menos uma música ruim. Logo de primeira ouvimos as duas melhores faixas do disco (“He Power Of Equality” e sua continuação direta “If You Have To Ask”), para depois ouvirmos a balada “Breaking The Girl” (tão boa, que depois dela a banda cria pelo menos uma balada à cada álbum). “Funky Monks” prossegue com a intensa

mistura de funk-rock encontrada praticamente em todo o álbum, e logo depois vem o excelente single “Suck My Kiss”. O ritmo acalma um pouco e ouvimos “I Could Have
Lied” e presenciamos a imensa habilidade de Frusciante com o violão.
E tome mais mistura de funk-rock em “Mellowship Slinky In B Major”, “The Righteous And The Wicked”, “Give It Way” (essa dispensa comentários) e “Blood Sugar Sex Magik” (ótima!). Logo após vem a lembrança dos piores dias da vida de Anthony Kiedis na melancólica “Under The Bridge” (Debaixo da ponte, centro da cidade / É onde eu derramei um pouco de sangue). E a partir dessa, mais funk-rock em “Naked In The Rain”, “Apache Rose Peacock”, The Greeting Song”, My Lovely Man”, Sir Psycho Sexy” e “They’re Red Hot”. Uma reunião de músicas memoráveis.

Nota: 10.0

One Hot Minute (1995)

O único disco sem John Frusciante desde “Mother’s Milk” é ótimo, mas assim como no disco de estréia da banda, fica obvio que Dave Navarro (ex Jane’s Addiction) apesar de ótimo guitarrista, não tem metade da sincronia que Frusciante tinha com o restante da banda. O disco começa com a fraca “Warped”, e só realmente emplaca na segunda faixa, a memorável “Aeroplane”, para depois vir a mediana “Deep Kick”, e depois a (já clássica, se tratando de Red Hot) “My Friends”. “Coffee Shop” é excelente, e “Pea”, conduzida apenas pelo vocal e baixo de Flea, apesar de curta, é hilariamente memorável. Destaque também para “Walkabout”, “Tearjerker”, “One Hot Minute” e “Transcending”.

Nota: 8

Californication (1999)

A volta de John Frusciante além de trazer um velho conhecido dos fãs à guitarra, trouxe também uma renovação de fôlego para a banda. Nesse álbum recheado de sucessos, somos conquistados logo no primeiro minuto de “Around The World” ao som do incrível contra-baixo de Flea. Depois paramos para ouvir as excelentes “Parallel Universe” e a mundialmente conhecida “Scar Tissue”. Ainda temos a musica (provavelmente) mais animada do álbum em “Otherside”. Experimentamos um pouco de funk-rock em “Get On Top” para depois nos apaixonarmos por “Californication” (principalmente no segundo solo de Frusciante), e depois mais um pouco de funk-rock na provavelmente uma das três melhores do cd em “Easily”. Para sairmos do êxtase temos “Porcelain”, o que não adianta muito pois logo depois temos a pesada “Emit Remmus”. “I Like Dirt”, “Right On Time” e a balada “Road Trippin” também são destaques nesse excelente CD, mas a musica que realmente faz nossa cabeça é a incrível “This Velvet Glove”. Que essa formação continue junta com Rick Rubin até o fim da banda.

Nota: 9


By The Way (2002)

Apesar de ter sido um sucesso de vendas, “By The Way” é o disco com recorde de reclamações dos fãs durante toda a historia dos Chili Peppers. Não totalmente justo. Os fãs que reclamaram da pouca mistura de funk-rock no álbum parecem terem fechado os olhos (ou seriam os ouvidos?) para o que “By The Way” realmente é: Uma coleção de belas musicas. O disco começa com o single de mistura funk-rock que intitula o álbum. Depois temos “Universally Speaking”. Ok, ela não é das melhore, mas se você já a ouviu ao vivo sabe que ela funciona muito bem. “This Is The Place” e “Doced” (conquista qualquer um com seu refrão) são belíssimas. O baixo de Flea está onipresente em “Dont’t Forget Me”. “The Zephyr Song” e “Can’t Stop” despencam comentários. “I Could Die For You” é a musica mais bonita do álbum e “Throw Away Your Television” é genial (Jogue fora sua televisão / É Tempo De Fazer Essa Clara Decisão / Reinvente Sua Intuição). “Venice Queen” é a ótima irmã bastarda de “Road Trippin”. Já “Minor Thing” e “Warm Tape” são as músicas mais animadas (e provavelmente as melhores) do CD. Red Hot é igual a um bom vinho, o tempo só melhora.

Nota: 9


Stadium Arcadium (2006)

Disco 1 - Jupiter

Stadium Arcadium é dividido em 2 discos. Jupiter pode ser chamado de o lado mais calmo do álbum. Logo de primeira temos “Dani California”, o melhor single da banda desde a época de Blood Sugar Sex Magik. “Snow (Hey Oh)” é outra conhecida de quem ouve o disco pela primeira vez. Após “Snow” vem “Charlie” para animar novamente o CD. “Stadium Arcadium” não é a melhor do disco, mas também não desaponta. “Hump De Bump” nos reapresenta ao velho e bom funk-rock da banda e em seguida, “She’s Only 18” não d

eixa a peteca cair. “Slow Cheetah” é uma calma balada ótima para momentos de “reflexão com boa música ao fundo”. “Strip My Mind” e “Especially In Michigan” são outros excelentes destaques. E em “Wet Sand” e “Hey” presenciamos John Frusciante trocar os solos psicodélicos de Blood Sugar Sex Magik por solos mais calmos, mas não menos geniais. É nesse álbum também que presenciamos um maior destaque do fantástico Chad Smith (será que eles descobriram que alem do melhor baixista eles têm um dos melhores bateristas da atualmente?). Definitivamente a maturidade só fez bem a banda (principalmente à Frusciante).

Nota: 9.5

Disco 2 – Mars


Mars é o disco mais estranho que um fã de RHCP irá ouvi da banda até hoje. Eles simplesmente saem da “fórmula” em que fazem seus álbuns desde Blood Sugar Sex Magik. Tudo bem, de primeira encontramos aqui a balada (Desecration Smile, maravilhosa!), e a música animada que será single (Tell Me Baby, todo mundo já conhece), mas é só isso que encontramos da fórmula. De resto eles saem completamente da fórmula, e em várias faixas reencontram o funk-rock perdido no álbum anterior. “21 st Century” faz qualquer um balançar a cabeça acompanhando a música. “She Looks To Me” é calma, mas está longe de ser uma balada. Flea mostra por que é considerado o melhor baixista da atualidade em “Redymade” e “Storm In A Teacup”. “Make You Feel Better” e “Turn It Again” são provavelmente as melhores do CD. E “Animal Bar” e “Death Of A Martian” apresenta um grande destaque da bateria de Chad Smith. Alias, esse é o grande diferencial desse álbum duplo junto da maturidade atingida por John Frusciante na guitarra. Definitivamente RHCP está cada vez melhor.

Nota: 9
Daniel Miguel

posted by Revista Nerd @ 05:27  
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