Quando se ouviu nos noticiários a noticia da morte de Elvis Presley em 16 de agosto de 1977, a comoção que tomou conta dos Estados Unidos foi tão grande que nem o luto pela morte de John Kennedy serviu de parâmetro. Todos sabiam que com o falecimento do “Rei”, uma era do american way of life se encerraria ali. Elvis como ícone americano, soberano da musica pop até então (resignado, ele sabia que sem ele os Beatles não existiriam), afinal ele começou uma revolução. Fazendo um amálgama de blues, country e musica negra, deu inicio ao Rock ‘n Roll que é o movimento pop mais influente de todos os tempos. Quando ele adentrou os estúdios da Sun Records para gravar um compacto de presente para mãe, nem imaginava o estrago que causaria na sociedade americana. Pouco tempo depois, ao aparecer em programas de tv, com um rebolado que deixou muita gente perplexa, pavimentou seu caminho ao estrelato. Suas incursões ao cinema, com filmes todos de um roteiro só (ele era sempre um jovem entusiasta trabalhador que a noite cantava em bares e seduzia as garotas com voz de anjo e olhares lânguidos) só funcionavam mesmo para as platéias inocentes do inicio dos anos 60. Depois de um breve desaparecimento da mídia, Elvis volta com tudo em um especial: 68 Comeback Special, transmitido ao vivo, que é tido por muitos a melhor performance do Rei em toda sua carreira. Nos anos 70, com a ressaca do Vietnã e escândalos na política, os Eua estavam interessados em outras vertentes da cultura pop, como a consagração do rock progressivo e bandas de rock mais pesadas. Apesar disso Elvis começou uma bem sucedida série de shows em Las Vegas, mesmo ele estando fora de forma, vários kilos acima de seu peso ideal e já dominado pelo vicio em barbituricos (ele não se considerava viciado em drogas já que as conseguia com receitas medicas). Já nessa época sua excentricidade tomaria conta de seu modo de agir, atirando em televisores quando algum cantor que não lhe agradava aparecia, ou simplesmente pegando seu jatinho para comprar seus sanduíches preferidos (pasta de amendoim e geléia) em um estado vizinho.

Sua morte em 1977 ainda é tema de teorias, muitos acham que foi um golpe, para sumir da perseguição da mídia. No livro Elvis esta vivo, vários pontos são questionados (como a diferença entre o tamanho do caixão e ele em pessoa & porque suas contas bancárias foram todas transferidas para um paraíso fiscal 3 dias antes de sua morte).

A certeza mesmo é que Elvis realmente não morreu, pelo menos não para seus milhões de fãs. Seus discos são relançados constantemente, e é o segundo artista morto que mais fatura (perdendo apenas para Kurt Cobain do Nirvana). Sua mansão é a Meca da musica pop onde milhares de pessoas visitam em peregrinação todos os anos.

Por essas razões, é nítida a importância de Elvis como ícone maior da musica mundial. Longa vida ao Rei!